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quarta-feira, 31 de março de 2010

AVATAR

Avatar
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Avatar (filme)
Estados Unidos
161 min
Produção
DireçãoJames Cameron
ProduçãoJames Cameron
Jon Landau
Roteiro/GuiãoJames Cameron
ElencoSam Worthington
Zoë Saldaña
Sigourney Weaver
Michelle Rodriguez
Stephen Lang
Giovanni Ribisi
Idioma originalinglês
MúsicaJames Horner
EstúdioLightstorm Entertainment
Distribuição20th Century Fox
LançamentoLondres
10 de Dezembro 2009
Portugal
17 de Dezembro 2009
Brasil
18 de Dezembro 2009
A princesa e o sapo.












Fiquei decepcionado com o filme. Sou um grande fã das animações daDisney, colecionador inclusive. De saber as músicas de cor e tudo o mais. O estúdio de animação 2D chegou a ser fechado, na verdade. Ao assumir todo o departamente de animação da Disney, John Lasseter(da Pixar), decidiu reabrí-lo. E a Disney começou a trabalhar em algo há muito tempo reclamado: um filme com uma princesa negra, já que todas as anteriores são brancas.

A última animação em 2D da Disney havia sido Nem Que a Vaca Tussa, de 2004. Se formos considerar o último sucesso de público com uma animação tradicional, vamos para Lilo & Stitch, de 2002. Mas se for para analisar quando foi a última vez que a Disney lançou um clássico animado que faça juz a alcunha, teria que ser 1999, comTarzan. Ou seja, há uma década aguardamos o retorno do estúdio do Mickey às produções que sempre encantaram platéias, geração após geração e que de alguma maneira parecia haver perdido seu toque de magia nos últimos anos. E é óbvio que A Princesa e o Sapo gerou toda essa expectativa.

Poderia ser o caso de uma expectativa muito grande que não foi correspondida, mas tenho que dizer que não foi o caso. O filme não é ruim, mas é fraco. Creio que se quisessem retornar em grande estilo e mostrar que a animação em 2D continua viva nos Estados Unidos (porque no Japão, continua) eles deveriam ter trabalhado muito melhor o material que tinham em mãos. Pra começo de conversa a direção de arte do filme é decepcionantemente fraca. Pouquíssimo inspirada. Quero dizer, os cenários são muito simples e desinteressantes em sua paleta de cores. Os grandes clássicos Disney (e A Princesa e o Sapo foi vendido como um retorno a eles) são muito marcantes nesse aspecto. Aqui eles deixam muito a desejar. Em certos momentos do filme pensei que a animação era tão simples e básica quanto ao de A Nova Onda do Imperador. O problema é que na produção de 2000 isso se justificava já que a força da produção estava em seu ótimo e hilário roteiro, duas qualidades que o roteiro de A Princesa e o Sapo não ostenta.

Afinal de contas, esse é um clássico conto de fadas. E outro problema surge aí.

Spoiler nesse parágrafo. Pule para o próximo se não quiser saber.
O título original da produção era "A Princesa Sapo". Por culpa do bobo politicamente correto, o título teve que ser mudado para "A Princesa e o Sapo". Porém o título original é muito mais correto e coerente. Afinal de contas, durante a maior parte da projeção a protagonista Tiana está transformada em sapo. Oras, esse não era pra ser um filme de uma princesa? Grande decepção...

A maior parte da narrativa transcorre numa das locações mais inférteis para produção de cenários: um pântano. Isso leva grande parte da culpa pela falta de inspiração do design de produção. Creio que o filme deveria ter vindo em grande estilo, com visuais deslumbrantes que mostrassem toda a beleza única da animação 2D. E outra característica marcante dos clássicos animados de maior sucesso da Disney também não é bem executada aqui: as canções.

Nada marcante. Tanto na melodia, letras e coreografia. Muito fraco. O responsável pela trilha é Randy Newman, compositor da trilha de Toy Story e de todos os primeiros filmes da Pixar. Certamente entrou na produção por influência de John Lasseter, mas devo dizer que foi uma má escolha. Suas composições para a Pixar são muito boas, inclusive as canções de Toy Story. Mas há uma grande diferença entre trilhas comuns e musicais. A tradição da Disney costumava trazer compositores que trabalham na Broadway, o que sempre rendeu grandes momentos. Se era para voltar com tudo, deviam ter seguido esses passos. Newman compôs músicas e melodias desinteressantes, que dificilmente ficarão marcadas em nossas memórias.

Fechando a trilha de pecados, vem o vilão, figura sempre fundamental para o sucesso de uma animação tradicional Disney. E o Dr. Facilier está muito longe de ser memorável. Sua principal falha é não ter uma motivação clara. Dinheiro? Oras, muito abstrato. Conquistar Nova Orleans? Também não fica claro para que e nem investem muito nisso. E o Bê-a-Bá da construção de um personagem diz que é preciso haver uma motivação.

Os protagonistas são simpáticos, mas a história não os ajuda. Assim como os coadjuvantes cômicos. O maior destaque é a personagem Charlotte, que apesar de ser chatíssima tem um coração de ouro. Em muitas produções ela viraria fácil mais uma vilã e fiquei feliz por não terem optado por esse caminho óbvio.

É com um grande aperto no peito que escrevo essa resenha, já que torcia muito para que o filme fosse ótimo e para que fizesse grande sucesso de público, o que infelizmente não ocorreu. Uma pena, já que isso deve fazer a Disney desistir de vez dos filmes em 2D (sua próxima princesa, Rapunzel, virá em animação 3D).

Titanic - COLLECTOR'S EDITION - 4 DISCOS

















TITANIC UMA OBRA DE JAMES CAMERON ESTA VALORIZADA COM HORAS ADICIONAIS DE CENAS ESPECTACULARES, E NUNCA ANTES VISTAS.
RECOMENDO ESTE FILME A TODOS OS COLECCIONADORES E FÃS DO TITANIC.